28 julho 2010

Novos seres?

Vulcão Eyjafjallajökull, Islândia

As cinzas do vulcão Eyjafjallajökull da Islândia começaram a ser expelidas no dia 21 de Março de 2010 e continuaram durante vários dias, até 25 de Abril. Provocaram o caos nos céus da Europa, ao impedir o voo dos aviões em muitos aeroportos da Europa.

Os vídeos e seguir, mostram vulcão em actividade:

Erupção do vulcão, dia 22 de Março

Erupção do vulcão, dia 24 de Março

Além deste facto, imediatamente perceptível, outros fenómenos surgiram, segundo alguns cientistas, nomeadamente, o de poder gerar mais vida no mar. A imagem a seguir, tirada no dia 22 de Maio de 2010 pelo satélite Terra da NASA, indica que as manchas mais claras, são fruto do desenvolvimento de seres microscópicos, que compõem o chamado fitoplancton, que crescem em grande quantidade no Norte do Atlântico, da Islândia à costa de França, durante a Primavera e o Verão. Tais seres deslocam-se ao sabor das marés e exigem nutrientes para se multiplicarem.

As manchas mais claras estão relacionadas, geralmente, com fenómenos que levam os nutrientes para a superfície da água, como as nuvens de poeira, mas as cinzas de vulcões também podem ajudar o crescimento do fitoplancton.
Uma erupção bem 2008 do vulcão Kasotchi, nas ilhas Aleutas, propiciaram uma enorme florescência no Nordeste do Oceano Pacífico. O facto foi descoberto por cientistas do Instituto de Geofísica da Universidade de Hamburgo, na Alemanha.
As cinzas ricas em ferro que caem em águas pobres desse elemento, podem criar as condições necessárias para a disseminação do fitoplancton.
No caso das cinzas no Atlântico, pode-se especular se as cinzas serviram de adubo para esta formação. Neste caso, a resposta, provavelmente, é não. O Oceano Atlântico Norte já contém ferro em abundância, onde, nessas águas cresce o fitoplancton a cada Primavera e Verão.

25 julho 2010

Sobre a mesquinhez

Chamou-nos a atenção a notícia do Expresso de ontem, página 26, que relata que o executivo do presidente Rui Rio, da Câmara Municipal do Porto, rejeitou a proposta para atribuir o nome do escritor José Saramago a uma rua da cidade. Se não fosse triste daria vontade de rir.
Para as vistas curtas e a mesquinhez que caracterizam o político Rui Rio, em especial, e muitos outros políticos portugueses, em geral, aqui ficam as palavras de José Saramago:

Usamos perversamente a razão
quando humilhamos a vida,
a dignidade do ser humano
é todos os dias insultada
pelos poderosos do mundo,
a mentira universal
tomou o lugar das verdades plurais,
o homem deixou de respeitar-se
a si mesmo quando perdeu
o respeito que devia
ao seu semelhante.
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Fernanda Pedroso

20 julho 2010

Aniversário da Fernanda

Hoje fomos ao Montijo e festejámos o aniversário da Fernanda.
Almoçámos um apetitoso prato de carne assada com puré de batata e salada, confeccionado pela Zézi, e, como sobremesa, umas talhadas de melancia e melão, muito saborosas.
A seguir, chegou a hora da aniversariante, que foi presenteada com um bolo caseiro de bolacha, ouvir os "Parabéns a você...", cantado pelos presentes, com a vela e o "foguete" a brilharem com luz e faíscas.

Foi o dia de aniversário possível, passado em família, com os miminhos do costume. Os miminhos, como disse alguém muito sábio, fazem-nos falta. São como vitaminas para a felicidade. Das prendas, gostei de todas. Talvez a mais original seja a da Mariana, uma guzmania samba. Sabem o que é? Eu também não sabia.

Para a história da família, fica registado que nasci às três "de la tarde", do dia 20 de Julho. E se há dias simpáticos para nascer, o meu, na minha modesta opinião, é um deles. Foi a 20 de Julho que o homem, voando pelos ares, chegou à Lua, seja lá o que for que isso signifique. Por outro lado, é o dia que se festeja mundialmente a Amizade, um dos sentimentos que me é mais grato.
Vivam, portanto, eu, a capacidade de navegar no espaço estraterrestre e a amizade entre os homens.

Fernanda Pedroso

14 julho 2010

Sérgio Paulinho vence 10ª Etapa da Volta à França 2010

Sérgio Paulinho venceu, hoje, a 10ª Etapa da Volta à França, entre Chambéry e Gap, na distância de 179 Km, com o tempo de 5:10:56 horas.
Ao serviço da RadioShack, equipa onde ele representa, mais ou menos, o papel de baby sitter do americano Lance Armstrong, nunca tendo ganho nada até hoje devido às funções que tem desempenhado. Já em anos anteriores, Sérgio Paulinho, desempenhou funções semelhantes.
Porém, este ano, como o "chefe fila" já está completamente arredado da luta pelo pódio, isto é, "patrão fora, dia santo na loja", Sérgio Paulinho ganhou uma etapa.
Será que os responsáveis pelo desporto português não aprendem? Quando é que irão apoiar os outros desportos da mesma forma que apoiam o futebol, que há muito tempo não ganha nada para o país?
Lembro ainda que este ciclista português (nascido em 26/03/1980) foi medalha de prata na prova de Ciclismo de Estrada nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, percorrendo a distância de 224,4 Km, com o tempo de 5:41:45 horas.

12 julho 2010

Aniversário da Zézi e girassóis

Fomos ao Montijo para festejar o aniversário da Zézi, com ela e tia Marizé.
O bolo era caseiro, mas arranjou-se uma vela e um "fogo de artifício" para arder enquanto cantávamos os parabéns.

O calor era tanto que mal pusemos o nariz fora de casa. Ainda assim, fomos espreitar os girassóis que, este ano, nasceram poucos e pequenos, em comparação com o ano em que a Dina me deu as primeiras sementes.

Gosto imenso de girassóis. Com eles, parece que o quintal fica cheio de pequenos sóis a brilhar entre as outras plantas. E trazem-nos uma sensação de bem estar.
Para quem não sabe, o girassol é uma planta anual, da família das asteraceae, com um caule grosso e robusto e uma altura que pode ir até aos dois ou três metros de altura.
É originária da América do Norte e Central e, por lá, foram encontrados objectos incas em ouro que fazem referência aos girassóis, como o seu Deus do Sol.
Caracteriza-se, ainda, pelo heliotropismo, comportamento vegetal de estar sempre voltado para o Sol.
Para terminar, vou falar doutros girassóis, os de Vincent Van Gogh. Este pintor holandês (30-03-1853; 29-07-1890), entre a sua vasta obra, pintou uma série de sete vasos com girassóis (Agosto de 1888 e Janeiro de 1889), quando da sua estadia na cidade de Arles, a Sul de França.

Doze girassóis numa jarra
Vincent Van Gogh
Agosto de 1888

Doze girassóis numa jarra, é considerada uma das melhores e mais famosas obras do pintor holandês Vincent Willem Van Gogh. Actualmente, esta é uma das pinturas mais famosas e valiosas do mundo. Em 1987, alcançou o valor aproximado de 40 milhões de dólares (quase 32 milhões de euros). Tal sucesso e reconhecimento contrastam com a vida do seu autor, que sempre viveu à margem da sociedade e cuja única pintura que vendeu em vida foi ao próprio irmão Theo.

Link a visitar sobre este pintor, aqui.

Fernanda Pedroso

06 julho 2010

Obrigado Matilde, pelos tesouros com que nos presenteaste!

Matilde Rosa Araújo nasceu em Lisboa (Benfica), em 20 de Junho de 1921. Licenciou-se na Faculdade de Letras de Lisboa, em 1945. Foi professora do Ensino Técnico-Profissional e formadora de professores na Escola do Magistério Primário de Lisboa.
A estreia literária verificou-se com a obra A Garrana (1943), que obteve um primeiro prémio de um concurso ("Procura-se um novelista"), patrocinado pelo jornal "O Século" e pelo Rádio Clube Português.
Mas foi em 1956 que começou a publicar para crianças, com a edição, no nº 3 da revista "Graal", dos Poemas Infantis. No ano seguinte, O Livro da Tila vai dar início a uma vasta obra no domínio da literatura juvenil.
A escritora teve uma intensa actividade literária - escreveu cerca de 40 obras para crianças e adultos.
Em 1980, a autora recebeu o Grande Prémio de Literatura para Crianças, da Fundação Calouste Gulbenkian e o prémio para o melhor livro infantil, pela mesma fundação, em 1996, pelo seu trabalho Fadas Verdes.
A Câmara Municipal da Trofa criou, em 2001, o Prémio Matilde Rosa Araújo, para "criar e/ou consolidar hábitos de leitura e escrita" e "divulgar autores de língua ificial portuguesa".
Matilde Rosa Araújo recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, em Maio de 2004, foi distinguida com o Prémio Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores.
A escritora morreu, hoje, em Lisboa, aos 89 anos.
Aqui fica um dos seus poemas.
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O Chapeuzinho
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A menina comprou um chapéu
E pô-lo devagarinho:
Nele nasceram papoilas,
Dois pássaros fizeram ninho.
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Chapéu de palha de trigo
Que a foice um dia cortou:
Na cabeça da menina,
O trigo ressuscitou.
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Depois tirou o chapéu,
Tirou-o devagarinho:
Não vão murchar as papoilas,
Não se vá espantar o ninho.
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E, chapeuzinho na mão,
De cabeça levantada,
A menina olhou o Sol,
Como a dizer-lhe: obrigada!

01 julho 2010

Pastéis de Belém: depois de saboreados, aqui vai a sua História

No início do século XIX, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, laborava uma refinação de cana-de-açúcar, associada a um pequeno local de comércio variado.
Como consequência da revolução liberal, ocorrida em 1820, são encerrados, em 1834, todos os conventos de Portugal. Numa tentativa de sobrevivência, alguém do Mosteiro, põe à venda uns doces pastéis, rapidamente designados por Pastéis de Belém.
A imponência do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, atraíam os visitantes, que depressa se habituaram a saborear os deliciosos pastéis, originários do Mosteiro.
Em 1837, inicia-se o fabrico dos Pastéis de Belém, em instalações anexas à refinaria, segundo a antiga "receita secreta", oriunda do convento. Transmitida e exclusivamente conhecida pelos mestres pasteleiros, que os fabricavam artesanalmente, na "Oficina do Segredo".
Esta receita mantém-se igual até aos dias de hoje.

Link da casa Pastéis de Belém, aqui.