19 agosto 2010

A falta do bem essencial e a apologia da esmola

Ver e ouvir os noticiários na TV, tornou-se uma longa travessia do deserto, com catástrofes, assaltos, guerras, mortes, corrupções e miséria.
Hoje, duas notícias nos chamaram a atenção: o aumento do preço do pão e o fecho de mais de setecentas escolas, em Portugal. O pão vai aumentar até 20%, por causa da quebra da produção de cereais... e porque blá blá blá... blá blá blá... Sei lá mais o quê, que vai fazer com que os pobres e os desempregados tenham de comprar mais caro um bem essencial, como o pão.
Outro bem essencial, a educação, vai estar menos ao alcance dos portugueses. Escolas, muitas, foram fechadas. Porque não têm condições (?), porque não têm alunos (?)... porque o Estado precisa de poupar tostões...
Crianças muito pequenas, de creche e de 1º ciclo, vão ser tiradas das suas terras, das suas famílias e vão ser levadas para 20, 30, 40, 60 km de distância. Haverá alguma família que ache isto bem? Só se forem aqueles cujos filhos têm escola ao pé de casa.
Perguntamos: porque se continua a desertificar e matar, a pouco e pouco, uma parte deste país? Porque se insiste em tornar as terras pequenas, mais pequenas e vazias, sem o riso das crianças? Porque se insiste em fazer experiências que já foram feitas noutros países e não deram bons resultados?
Quase que apetece dizer: há que haver muitos pobrezinhos para outros brilharem a dar esmolas!...

Fernanda Pedroso

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