Papagaio--------Catatua-------Arara
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Folhear um livro sobre catatuas, araras e papagaios é um regalo para a vista. São giros, coloridos, espertalhões e inteligentes.
De cores, tamanhos e espécies variadas, estes animais pertencem à família do psitacídeos. Têm como principais características a cabeça larga e robusta, o bico forte e curvo, próprio para descascar sementes, uma longevidade grande (60, 70 ou mais anos), uma grande semelhança entre machos e fêmeas. São originários das zonas tropicais e possuem a incrível capacidade de imitar todo o tipo de sons.
Os papagaios, ou louros como também são conhecidos, falam, cantam e alguns até sabem fazer contas e ir à casa de banho. A sua inteligência é equivalente à de uma criança de 3 anos. Imaginação à solta e logo nos vem à memória aquele louro verde e amarelo que havia na minha rua, quando eu era criança e que, de cabecita à banda, me dizia "olá", esperando o meu "olá" de resposta.
E a catatua Didi, dos livros Uma Aventura, de Enid Blyton, que me deixava com uma vontade louca de ter uma catatua!
E aquela foto que a Mariana tirou no Jardim Zoológico de Lisboa, com uma arara ao ombro! Ambas tão lindas, a combinarem colorido e ternura...
Sabendo-se que estes animais são muito sociáveis e com uma grande capacidade de envolvimento emocional com os humanos, não podemos deixar de mostrar a nossa simpatia por eles. Os "outros", os falsos papagaios que populam na política, não papagueiam nada de jeito e não demostram grande capacidade de envolvimento emocional com as populações. Merecem a nossa desaprovação.
Para terminar, una história gira, extraída do jornal Expresso, de 15 de Agosto de 2009, Revista Única.
"Dona Adélia e o Senhor Agostinho Luz, são donos de uma pequena retrosaria de bairro na Serra das Minas, perto de Rio de Mouro. Quando o filho casou e saíu de casa, há seis anos, o casal ressentiu-se com a solidão. Na altura, decidiram comprar um papagaio, para devolver vida à casa. Hoje, têm "casa cheia". Falam do "Nico" como de um bebé. E ele retribui o afecto, chamando "papá" ao dono. "É um autêntico filho para nós. Já não conseguíamos viver sem ele. Faz uma companhia enorme. Está sempre a cantar e a dançar e à noite vê sempre connosco o programa do Malato", conta Adélia, de 64 anos, que bem se tem esforçado para que o animal também a trate por "mamã".
Das sopinhas de leite que lhe prepara antes de dormir à "mantinha" que lhe bordou, para que não se constipe com uma corrente de ar, não há mimo que Adélia não dispense ao bicho. Nem elogia que não lhe teça. "Não é por ser meu, mas este papagaio é diferente de todos os outros. Faz cocó na sanita e diz 'desculpa, desculpa' sempre que dá um grito mais alto ou eu ralho com ele", conta.
Na loja, o "Nico", também faz as delícias dos clientes. "Bom dia! Estás boa?", é como costuma cumprimentar as freguesas habituais. Adélia e Agostinho esmeram-se na educação do bicho. Nunca dizem palavões à sua frente. Mas há quem, no bairro, insista em ensinar-lhe, ao ouvido, um português mais vernáculo. E o pior é que não há nada que os papagaios gostem mais de imitar do que isso, garante o criador Júlio Rocha. "Quando dizem asneiras, as pessoas riem-se ou falam com uma entoação diferente. Eles percebem que são palavras especiais e aprendem-nas mais depressa", explica.
Foi isso que aconteceu com o "Nico". Numa manhã, há uns meses, estalou o verniz ao habitualmente 'polido' animal. Olhou para uma senhora mais robusta, que estava ao balcão a escolher naperons, e acrescentou à saudação matinal um "ganda cu!", que fez os donos corarem de vergonha. E deixou sem fala todos os presentes."
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Alguns sons da arara - aqui
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Fernanda e Jacinto
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